sábado, 8 de agosto de 2020

Resenha: Psicose

 


Título: Psicose

Autor: Robert Bloch

Páginas: 257

Editora: Darkside Books

Onde comprarAmazon


Inspirado no caso de Ed Gein, Psicose, é um livro muito importante para o gênero do horror e que inspirou muitas histórias do gênero, além de servir de base para a criação de um filme homônimo e a série de sucesso Bates Motel, protagonizada por Freddie Highmore (The Good Doctor) e Vera Farmiga (Invocação do Mal). Robert Bloch apresenta Mary Crane, uma mulher comum que em um dia qualquer de trabalho vê a oportunidade de roubar 40 mil dólares e fugir para saldar as dívidas de seu amado, Sam.


Após uma crise moral, a secretária decide roubar o dinheiro de seu patrão para viver o amor que tanto deseja. A partir daí a jovem começa uma fuga desenfreada para não ser descoberta, entretanto, dentre tantas escolhas ela infelizmente decide passar a noite no Motel Bates, administrado por Norman Bates, um jovem que mora com sua mãe, que não tem o nome revelado durante a história, e que parece ser muito gentil, mas também tem muito a esconder.




Uma das características mais marcantes do livro é a série de reviravoltas nada previsíveis, a começar por fazer o leitor pensar que a protagonista da história seria Mary, quando na verdade é outra pessoa. Isso faz com que o leitor não consiga prever exatamente os acontecimentos e incita o interesse para o desenrolar da narrativa e qual realmente é a história que o autor pretende contar.


O clima de constante mistério prende o leitor e cria um clima de incerteza e agonia, Bloch apresenta os personagens e seus desenvolvimentos de maneira sutil, conectando bem a relação entre cada um deles e sugerindo situações, ao invés de explicá-las por completo. Essa característica cria possibilidades para que quem está acompanhando a história se envolva a ponto de ser surpreendido a cada página.


Psicose é um livro surpreendente que não utiliza sustos para amedrontar o leitor, mas sim, uma espécie de terror/horror psicológico que foge de figuras sobrenaturais e ao invés disso fala sobre problemas psicológicos, como o próprio nome sugere. Um marco de gênero que ensina como provocar medo e curiosidade ao mesmo tempo.


NOTA: 10/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário